quinta-feira, 21 de maio de 2009

BATISMOS - 1º de MAIO DE 2009 -



Aconteceu em 1 de Maio de 2009.


Várias Igrejas Batistas do Setor Guarujá, unidas realizaram este grande evento; evento glorioso, que ficará para sempre em nossas memórias. Foram aproximadamente 60 novos batizados, onde da Igreja Batista Getsêmani, houveram 3 irmãos. E para o Pr. Sisteval além de participar desse evento grandiosissímo; foi também o dia em que ele comemorou o aniversário da celebração de seu primeiro batismo como pastor, 1º Maio de 1966. Que Deus lhe conceda dias e anos, pr. Sisteval, para que bençãos como essas possa se repetir sempre, em nome de Jesus!














DIÁCONO VALDEMAR CAETANO DA SILVA & OS 50 ANOS DA PIBIG DE VICENTE DE CARVALHO



Parabéns ao nosso Díacono e irmão VALDEMAR CAETANO DA SILVA, que mais uma vez Deus lhe concedeu a graça de ser homenageado pela PIBIG de Vicente de Carvalho - Guarujá - SP, onde a mesma completou seus 50 anos de existência, e por sua vez o nosso amado irmão Valdemar, por ter sido UM DOS FUNDADORES daquela amada igreja, este foi lembrado e recebeu a homenagem merecida como servo de Deus. Parabéns nosso amado irmão Diácono Valdemar, que Deus lhe conceda muitos anos de vida para a nossa alegria e que possamos vê-lo sempre participando de outros eventos para a honra e glória de Jesus Cristo. Nós da Igreja Batista Getsêmani, sentímo-nos honrado e gratos pela pessoa: amável, prestativo, hospitaleiro, simples, irmão, amigo, diácono, atencioso e muitos outros dotes que Deus lhe concedeu.

Parabéns!
por. Chryzózthenez

sexta-feira, 15 de maio de 2009

JOHN SMITH BATIZA OS PRIMEIROS BATISTAS

Na primeira década do século XVII, dois grupos fugiram para a Holanda, com a finalidade de escapar da perseguição anglicana. Um desses grupos se transformou nos peregrinos. O grupo formou o movimento dos Batistas.
Era uma época incerta para os cristãos na Inglaterra. A Rainha Elizabeth estabilizara a reforma anglicana assumindo uma posição moderada. Ela determinou que a Igreja Anglicana seria quase católica. Essa decisão perturbou muito dos protestantes mais radicais. Algumas dessas pessoas tentaram “purificar” a igreja, permanecendo dentro dela (os puritanos) outros decidiram se separar da igreja oficial (os separatistas) mais ainda, era muito perigoso promover reuniões religiosas que não estivessem vinculadas à igreja oficial. Quando Tiago I assumiu o Trono, em 1.603, ninguém sabia exatamente o que esperar. Os puritanos e os separatistas gostaram do fato de esse monarca ter crescido na Escócia presbiteriana. Isso poderia fazer com que ele pendesse para o lado desses grupos. Os católicos gostaram do fato de sua mãe, Maria da Escócia ter sido uma católica fervorosa. Tiago era anglicano convicto e tornou as coisas ainda mais difíceis para os que estavam se separando da igreja oficial.
John Smyth, ex-aluno de Cambridge era pregador e orador da Igreja Anglicana na virada do século XVII. Ele tornou-se interessado na busca pela verdade religiosa, e por volta dos seus trinta anos de idade, perto do ano de 1.606 ele deu o audacioso passo, de iniciar uma igreja separatista, em Gainsborough a audácia de Smyth pode ter inspirado outros. Vários outros grupos separatistas surgiram naquela área.
Smyth teve que fugir para Amisterdã, provavelmente em 1.608, em Amisterdã a Igreja de Smyth alugou um salão para reuniões que pertencia a um menonita. Por meio de seu contato com os menonitas de Amisterdã, Smyth começou a alterar sua maneira de pensar.
Os menonitas receberam essa designação por causa de Menno Simons, ex-padre que desenvolveu uma grande comunidade Ana Batista, na Holanda.
Os Annabatistas eram os radicais da reforma, opositores das igrejas oficiais de qualquer tipo e que insistiam no batismo apenas de crentes.
Smyth ficou convencido de que o batismo infantil não era ensinado pelas escrituras, assim como não era algo muito lógico.
Desse modo, acabou por convencer cerca de quarenta membros de sua congregação, que foram rebatizados por Smyth, que também se rebatizou com eles.
Daí, diz o historiador que esse acontecimento foi o marco inicial da Igreja Batista.
Outras batalhas vieram, porém, os seguidores de Smyth praticavam o batismo por aspersão. Em 1644 na Inglaterra, havia 47 congregações de batistas gerais e sete batistas particulares.
Desde o inicio, as duas principais ênfases batistas, eram evidentes: O batismo de crentes e a Independência do Estado (convicção que compartilhavam com os Annabatistas). Isso continuou ao longo dos séculos.
Essa independência trouxe perseguição, divisão, mas também grandes feitos individuais.
Smyth deve ter morrido com seus 33 anos de idade.
transcrito pelo Pr. Sisteval
15 de Maio de 2009

quinta-feira, 14 de maio de 2009

ORIGEM DO MINISTÉRIO A OBRA DA RESTAURAÇÃO NO BRASIL

VÉU, PROFECÍAS, VISÕES, ÓSCULO SANTO, DOM DE LÍNGUAS, ROUPA COMPRIDA, PÃO AZMO, LAVA PÉS, ETC., SÃO NORMAS, COSTUMES OU DOUTRINAS???
LEIA ABAIXO COM BASTANTE ATENÇÃO E TIRE SUAS DÚVIDAS!
QUEM FOI MAGNO GUANAIS SIMÕES? QUAL O TIPO DE EVANGELHO MAGNO DESEJOU PARA OS CRISTÃOS BRASILEIROS?
ACOMPANHE O TEXTO ABAIXO ELABORADO PELO PASTOR SISTEVAL GOMES DE ARAÚJO, QUE FOI UM DOS PARTICIPANTES DESSE MINISTÉRIO (A OBRA DA RESTAURAÇÃO NO BRASIL), JUNTAMENTE COM O PASTOR MAGNO E OUTROS SEIS.

01º. COMO TUDO COMEÇOU
02º. AS MUDANÇAS
03º. A VISÃO DA IGREJA
04º. MUDANÇA
05º. PROFETAS E VIDENTES
06º. REVIRAVOLTA NA OBRA DA RESTAURAÇÃO
07º. COMO SATANÁS TRABALHA PARA ENGANAR O POVO DE DEUS
08º. ESTA É A PERGUNTA QUE SE FAZ
09º. USOS E COSTUMES
10º. CULTURA DOS POVOS
11º. BATISMO SÓ EM RIOS
12º. ÓSCULO SANTO É DOUTRINA?
13º. CUIDADO NAS INTERPRETAÇÕES DE TEXTOS BÍBLICOS
14º. NOME DOS FILHOS
15º. FALAR E SER ENTENDIDO
16º. PAULO EM CORINTO, CAPITAL DA ACAIA
17º. SIMBOLO DE SUBMISSÃO (VÉU)
18º. FONTES DE PESQUISAS
19º. AGRADECIMENTOS

Não é meu propósito narrar alguns acontecimentos da Obra da “Restauração” no Brasil, para difamá-la, por não está mais ligado a denominação, e sim, atender ao pedido de alguns pastores e membros de igrejas, que desejam saber o início da igreja que enunciou a “restauração”.
Quais foram as bases encontradas na Bíblia Sagrada?
Para isso, farei o possível para não acrescentar nada além do que sei. Participei, e por ignorância; muita coisa, defendi, crendo que tudo era Deus fazendo no meio do seu povo.
Como todos nós estamos sujeitos a errar, e por falta de conhecimento da Palavra de Deus, errei e levei outros também a errarem. Mas graças ao meu Senhor que me abriu o entendimento para ver a tempo onde eu estava, recorri a sua misericórdia, busquei o seu perdão, e não cesso de pedir: Pai perdoa-me, pela minha ignorância, como também, peço a todos quantos levei ao erro que me perdoe!

COMO TUDO COMEÇOU:
No ano de 1.959 pastoreava a Igreja Batista da Paz, em Bonsucesso – Estado da Guanabara – RJ, o pastor Magno Guanais Simões, e nessa ocasião ele pregava o batismo no Espírito Santo, e os dons espirituais, como não era aceito por vários irmãos da igreja o que ele pregava por ser uma igreja Batista. Esse comportamento do pastor Magno levou-o a ser exonerado do ministério pastoral da igreja, e na sua saída foram com ele 13 irmãos. Passado um tempo, ele foi convidado para arrebanhá-los, pois os mesmos, não estavam congregando em nenhuma igreja. Ele aceitou o convite com uma condição: Os irmãos teriam que aceitar o que ele cria e pregava. Como foi aceito pelo grupo, passaram a congregar na casa de uma irmã por nome de Augustinha. Passado um tempo todos foram congregar na Igreja Batista Bereana em Jacarezinho pastoreada pelo pastor Isidório Pires dos Santos que mais tarde organizou a congregação batista em Bonsucesso e no dia 30 de julho de 1960, com vinte e cinco membros a congregação foi organizada em igreja com o nome de: IGREJA BATISTA MONTE CARMELLO, com sua sede à Rua Teixeira Ribeiro nº 117, e recebida pela Convenção Batista pelo Estado da Guanabara.
Eu, (Sisteval Gomes de Araújo) estava chegando ao Rio de Janeiro vindo do estado da Bahia na companhia de um primo que era membro da igreja recém organizada, levou-me a conhecê-la e tive a oportunidade de conhecer o pastor Magno e família, e por ser também conterrâneo fui muito bem recebido e logo foi pedida a minha carta de transferência da 1ª Igreja Batista de Itabuna para a Igreja Batista Monte Carmelo, tornando-me membro ativo.
Não tenho dúvida, do que Deus estava realizando uma grande obra por intermédio daquela igreja. Pois muitas foram as conversões e batismos.

AS MUDANÇAS:
Nessa ocasião estava surgindo no Brasil um vento de avivamento espiritual que envolveu vários líderes batistas. Entre eles que me lembro tivemos o pastor José Rego do Nascimento, Rev. Eneas Tognini e outros. O pastor Magno que já defendia o batismo no Espírito Santo, e, os dons espirituais, abraçou o movimento, levando a Igreja Batista Monte Carmelo a viver o avivamento.
No final do ano de 1.961, a igreja foi levada a um retiro espiritual em Tinguá – RJ. Foi nesse retiro que se deu o primeiro batismo no Espírito Santo, segundo confirmou o pastor Magno, cuja a irmã batizada, foi Devaldina Marques, membro da Igreja Batista em Inhaúma que tinha como seu pastor, Carlos Silva, que confirmava o acontecimento. A referida irmã depois de algum tempo, tornou-se membro da Igreja Batista Monte Carmelo, juntamente com seu esposo Francisco Santa Bárbara e outros irmãos, porque o seu pastor recuou negando o que havia dito no retiro.
Nessa ocasião estava o pastor Nelson Alves de Carvalho em retiro também em Tinguá e fez um apanhado do comportamento do pastor Magno, a maneira de como ele estava conduzindo a igreja, com princípios não aceitos pelos batistas. O mesmo denunciou Magno para a Ordem dos Ministros Batistas, os acontecimentos ocorridos naquele retiro.
Mais tarde, o pastor Magno foi convidado para prestar esclarecimentos a Ordem dos Ministros Batistas do Brasil – secção do Estado da Guanabara. Magno sabia que havia de responder algumas perguntas e não teria oportunidade de fazer o seu discurso. O que fez ele? Se armou, escrevendo uma circular as Igrejas Batistas do Brasil, atacando a denominação em várias áreas, e, no dia do encontro, ele compareceu com a Circular e no momento que foi interrogado acerca dos acontecimentos do retiro, ele colocou nas mãos de cada pastor uma Circular não falando nada, distribuindo depois para todas as Igrejas Batistas. Diante dos seus argumentos o mesmo recebeu uma comissão de pastores, tentando ver se ele se retratava das declarações para continuar na Convenção. Porém, ele estava definido diante da sua posição tomada. Sendo mais tarde desligado da Convenção com a Igreja e da Ordem dos Pastores Batistas.

A VISÃO DA IGREJA:
A visão da igreja era a expansão do Evangelho, na conquista de almas para Cristo.
Como se falava, e pregava-se, um avivamento, muitas igrejas aderiram o princípio da Igreja Batista Monte Carmelo, fazendo uma aliança, bem como seus pastores. Até aí, tudo normal.
Com a adesão de igrejas e pastores, pregava-se que, o que estava acontecendo era o Santo concerto de Deus, com sua igreja, e por um tempo a igreja ficou conhecida como Igreja do Santo Concerto do Deus Vivo na Terra, e no espaço de tempo, as coisas foram mudando.

MUDANÇAS:
Surgiram vários profetas e videntes. Magno começou a pregar que havia chegado o tempo do fim e que Deus, estava unindo seu povo na face da terra, cumprindo o que estava escrito no Evangelho de João 17:21, e no dia 06 de Agosto de 1.962, através do profeta Arlindo Dominato, disse o pastor Magno, que era o Senhor falando em profecia. Disse o profeta: “Meus servos, a minha igreja é uma só, não olheis para as denominações, sou eu que opero e faço esta obra, quem poderá impedir? Uni-vos para que eu possa revelar a vós o que resta. Eis que a minha paz vos deixo”. No dia 14 de Outubro do mesmo ano, outro profeta de nome Olavo de Carvalho, profetizou o seguinte: “Assim diz o Senhor: Edificarei de novo a minha obra, se vós me desprezardes, eu também virarei as costas para vós. Vós tendes que levantar em meu nome esta obra porque é muito grande, não é denominação que vale, registra agora: -É o sangue do Meu Filho que vale, onde está outro fundamento? Eles tem que dar ouvidos a minha voz. Vede a minha palavra, se eu tirar o meu espírito, caíres, não apostateis. Perigosa é a hora porque estão se levantando contra vós. Mas o meu anjo está convosco e Eu derribarei tudo. Proclamai a minha obra. Congregai. Ninguém poderá ficar longe. Eu falarei aos vossos corações. Congregai! Congregai! Eu vos deixo a minha paz! Não esta paz que o mundo a dá!...
No dia 24 de Novembro de 1.962, a profetiza Maria do Carmo Alves dos Santos, profetizou: “Assim diz o meu Espírito. Eis que as denominações jazem em trevas. Eis que derribarei uma por uma...Eis que sou Deus. Minha igreja é uma.
31 de Março de 1.963, o profeta Olavo de Carvalho profetizou dizendo: “Assim diz o Meu Espírito: Meus servos! Meus servos! Cuidado! Não entendeis a minha obra? Eis que tenho rasgado o véu, é o Meu Espírito. Eis que rasgo o véu diante do meu povo. Porque não recebeis aqueles que os tenho chamado? Falando ao pastor Magno disse o profeta: Daí ouvido meu servo. A quem darei a minha bandeira? Queres que a tire da tua mão? Eis que levanto agora! Aceitai todos aqueles que são chamados! Eis que rasgo o véu! Não terás meu servo, aquilo que se chama separação. Eis que uno com meu sangue! É o sangue! É o sangue do Meu Filho, não terá denominação. Eis que rasgo agora com a minha mão, eis que os anjos cantam! Eis que rasgo agora. Não terás mais domínio humano dentro da minha casa. Sou eu que falo contigo. Agora tu entendes que falo. Eis que vos amo. Eis que agora faço concerto eterno. Eis que tenho te levantado para a obra. Esta obra é minha e não tua. O zelo da minha casa devorará, e eis que estou convosco para sempre, e eis que a minha paz eu vos deixo.”
Esta profecia se deu justamente quando a Igreja Batista Monte Carmelo, estava reunida em Assembléia para receber 115 irmãos, vindo de várias denominações evangélicas do Rio de Janeiro. O pastor Magno consultava os irmãos presentes se mandaria carta para as igrejas dos referidos irmãos, pedindo transferência, ou se deveriam ser recebidos por aclamação, receoso que as igrejas dos irmãos não atendesse o pedido.
Terminada a profecia, o pastor Magno Guanais Simões, declarou para os presentes naquela Assembléia que a partir daquele momento não haveria mais denominação e que não chamássemos mais de Igreja Batista Monte Carmelo e sim de: ex-batista, ex-Assembléia de Deus, ex-Metodista, ex-Presbiteriana e assim sucessivamente. Daí para frente às igrejas seriam conhecidas por Igreja em tal lugar, incluindo o nome do bairro, rua e nº.
11 de Julho de 1.963 foi feita uma comunicação aos Órgãos representativos das denominações ao senhor presidente da Aliança Batista Mundial, Rev. Pastor João F. Soren, como também para a Confederação Evangélica do Brasil, na pessoa do seu secretário Geral, Rev. Rodolfo Anders, isto no dia 30 de Junho de 1.966, informando-os que não havia mais denominação Evangélica, porque Deus havia derribado as denominações.
No mês de Março de 1.963 houve uma profecia em que o profeta disse:
“Eis que é completa a restauração.” No dia 11 de Janeiro de 1.963, disse o profeta: “A minha igreja será restaurada em toda a sua glória.” 1.963 Agosto a Dezembro, várias igrejas com seus líderes aderiram ao movimento.
Nessa ocasião o pastor Elmir Guimarães Maia, foi participar de um retiro no Estado de São Paulo com um propósito de combater as idéias do pastor Magno. Chegando ao retiro, não houve argumento para o combate, e de volta ao Estado da Guanabara, o mesmo estava convicto que a obra era de Deus e juntamente com a Igreja Batista Missionária no Arpoador, aderiu ao movimento, e nessa ocasião, pela Rádio Rio de Janeiro, ele apresentava um programa intitulado: “Uma Voz que Clama” e no mês de Setembro de 1.963 foi mudado o nome do programa para “A Hora da Restauração”, tendo como abertura dando ênfase a Restauração, Atos 3:19-21. Como prefixo.
Mediante aos acontecimentos, pensava-se, ser Deus trabalhando com o seu povo, para realizar um grande feito na terra, e muitos de nós, não tínhamos o discernimento para combatermos o que estava acontecendo de errado, crendo que tudo fazia parte da chamada Restauração.

PROFETAS E VIDENTES:
Após o decreto da restauração, o pastor Magno passou a dirigir a igreja pelas mensagens proféticas e as revelações recebidas pelos videntes. A Devaldina que era considerada a profetiza de confiança do pastor Magno era chamada de ungida do Senhor, porque o que ela profetizava tinha o crédito dele. Os videntes eram homens e mulheres de confiança, como: uma irmã conhecida por Laura da Igreja em Paciência e Fortunato Saraiva; que profetizaram que o Magno era o Elias e o Guimarães Maia era a 2ª testemunha do Apocalipse e Wilton Sayão Santos o 3ª anjo. Assim como os demais profetas, Sayão também era o profeta de confiança do pastor Magno e de muitos. Foi ele quem profetizou para enviar os espias a Israel. Outro profeta de confiança foi: Nelson Silva Peres, que também profetizou com a Devaldina Marques o envio dos missionários: Pr. Aldovandro com um companheiro dele, a Israel levando a mensagem de Restauração, o que nada aconteceu de importante, a não ser o gasto de dinheiro; sem resultado qualquer. No retorno deles ao Brasil, nada de importante ou relatórios tiveram para prestar ao povo. Viagem que se gastou uma fortuna, e não sabemos até hoje o que eles fizeram em Israel. Sabemos sim, que passado um tempo o Aldovandro, tornou-se uma das testemunhas do Apocalipse e segundo ele, iria reconstruir o Templo de Jerusalém, mas morreu sem cumprir as profecias dirigidas a ele pelos seus profetas.

REVIRAVOLTA NA OBRA DA RESTAURAÇÃO:
Ninguém podia crer que Magno Guanais Simões e Devaldina, viviam um romance amoroso. Muitas pessoas, não creram quando isto veio a público, em uma Assembléia no dia 28 de Março de 1.970.
O que aconteceu? O profeta Antonio Matias, profetizou declarando que, ambos eram inocentes. A esposa do Magno teve de ir publicamente à Assembléia, pedir perdão ao povo e também a Devaldina. por quê? Porque a profecia dizia que tanto Magno e a profetiza Devaldina Marques eram irrepreensíveis, e o profeta recomendou que não fosse feito ajuntamento para fazer comentários sobre o assunto, dizendo: “Eu já tenho julgado na minha casa, tenho eu enterrado.” Profecia mentirosa, Magno estava sim em pecado, por causa disso o pastor Elmir Guimarães Maia, recebeu uma comissão por não aceitar o que estava acontecendo e por uma profecia da Devaldina Marques, a comissão foi a São Paulo, para destituí-lo da responsabilidade que tinha como a segunda testemunha. Essa profecia foi do dia 01 de Abril de 1.970, mas no dia 28 de Março de 1.970, foi enviada pela Assembléia Geral das Igrejas na Obra da Restauração no Brasil, uma comissão de pastores, com o objetivo de disciplinar o Guimarães Maia, segundo o Magno, com base na profecia e na justiça de Deus. Nessa assembléia, vários pastores foram disciplinados; entre eles, estava o pastor Jorge Tompson que era presidente da ordem dos pastores, homem de quase 80 anos de idade, pastor da Igreja no Paraíso em Niterói RJ. Outros pastores tiveram que se arrepender, pedindo perdão publicamente ao povo.

COMO SATANÁS TRABALHA PARA ENGANAR O POVO DE DEUS!
Depois de tudo isto, quem apareceu grávida? De quem é o filho? Era a pergunta que muitos faziam. Do marido dela (da Devaldina)? Do Magno? A gravidez dessa mulher apareceu justamente depois que tudo foi julgado entre ela e Magno, em Assembléia publicamente, e de acordo com as profecias eles estavam em santidade. Chegamos ao dia 21 de Outubro de 1.970, sete pastores de confiança do Magno foram convidados a subirem a um monte, nas proximidades da Fábrica Nacional de Motores, em João Pinto, município de Duque de Caxias – RJ. Foram três dias de espera para saberem o que o Magno tinha a revelar. Muitas visões foram registradas, profecias foram levantadas pelos profetas presentes, um ambiente de auto-sugestão, psicologicamente preparado. No dia 25 de Outubro de 1.970, domingo, todos desceram para o monte mais baixo, chamado de Monte da Ligação, onde ali, esperava-se com ansiedade a revelação que o Magno iria fazer. Passado um tempo, ele deitado ao chão começou a fazer declarações estarrecedoras que correspondia no seu dizer “A revelação de Mistérios Milenares”, a ele revelado, e naquele momento, para os sete pastores ele declarou passando a revelar o mistério, disse ele: “Que a família real estava na terra”, referindo-se a ele como o “príncipe” em Israel. “Quem seria a “princesa”?” Perguntou ele aos sete varões e ele mesmo antecipou a resposta “A princesa é Devaldina Marques”, ela representa a igreja em toda a terra ao seu lado, e que há bastante tempo foi revelado a ele. Magno Guanais Simões, e o casamento de Devaldina Marques. Mulher casada civilmente com Francisco Santa Bárbara, numa visão ela foi vista vestida de noiva e ele Magno, de noivo. Também apareceu um “ser celestial (um anjo)”, celebrando o casamento deles, segundo ele, Magno passou três meses sem ter relações sexuais com ela, por não compreender sendo ela casada, apareceu vestida de noiva; de véu e grinalda, como mãe de uma garota de 9 anos de idade aproximadamente, filha legítima de Devaldina com seu legítimo esposo Francisco Santa Bárbara.
Disse Magno ter recebido uma nova revelação, para conhecer a Devaldina como mulher dele, o que foi feito noventa dias depois do casamento celebrado pelo “ser celestial”, disse Magno: Na minha experiência sexual tida pela 1ª vez com Devaldina, percebi que ela era virgem... Encontrando assim a explicação para o véu e grinalda da visão. “Este é o mistério oculto em Cantares de Salomão, a mais de três mil anos. Que Devaldina é a mulher de Cantares de Salomão e que ela representa a igreja na terra”.
O filho nascido de Devaldina no mês de Outubro de 1.970, filho de Magno Guanais Simões, que saiu dos seus lombos, é o “filho da promessa dado por Deus, cujo nome será Israel”. E que estava buscando orientação para registrar a criança com seu nome, e a Devaldina o que seria feito oportunamente. Disse ele, que já tinha alugado uma casa simples para sua 2ª “esposa” e que continuaria normalmente mantendo relações sexuais com a esposa legítima “Lurdes Simões” e com “Devaldina Marques”. Disse também, que a legítima esposa ainda não estava sabendo do “mistério”, mas que em breve, não somente ela, mas todo o povo de Deus na terra tomaria conhecimento do tal fato.
Diante do que foi revelado pelo Magno aos sete pastores que estavam com ele, para receberem a revelação, o caso foi tão sério que muita gente, depois de tomar conhecimento creram, como sendo um feito de Deus, e sem discernimento defendiam. Foram dias de trevas, de profunda angústia. Como agir? O escândalo foi muito grande, acabou a Obra da Restauração, pensava-se...E as testemunhas apocalípticas? Foi um caos!
25 de Novembro de 1.970, pastor Sisteval Gomes de Araújo, fez um pronunciamento por escrito à Igreja em Bonsucesso em protesto ao acontecimento e por isso foi excluído da comunhão da igreja como traidor ao feito do Senhor. Lembrando que ele foi um dos sete. Mesmo tirado da comunhão, em uma quarta feira com outros irmãos, compareceram ao culto, e no encerramento Magno advertiu ao povo, que não desse ouvido a vozes estranhas; porque o feito do Senhor era muito grande e homem algum podia impedir o seu feito. Nesta hora o pastor Sisteval Gomes de Araújo pediu a palavra e foi atendido e sugeriu que fosse realizada uma Assembléia Extraordinária com a finalidade de julgar o procedimento do pastor Magno. Não foi fácil, pois no momento houve um tumulto pelos defensores do referido pastor. No momento ele saiu do púlpito em direção ao gabinete pastoral, o pastor Sisteval o acompanhou, fechando a porta, e, ficando frente a frente com ele, lhes fez algumas perguntas. Entre elas fiz-lhe esta:
“--O Senhor ainda é o Elias?” sua resposta foi. __Não sei...não sei de mais nada!
“—E a 2ª testemunha do apocalipse? Sua resposta foi. __Também não sei!.
Magno deixou o pastorado da igreja e um pastor por vingança juntamente com o marido da Devaldina, o denunciou para a polícia, e seria ele julgado por usurpação religiosa. Magno passou alguns dias andando como peregrino, rejeitado pela esposa legítima, sendo depois acolhido pelo pastor Sisteval em sua casa, depois partiu para a casa de parentes em Goiânia, onde segundo dizem; suicidou-se; e o processo foi arquivado.
Nos dias 5 e 6 de Dezembro de 1.970, foi realizada uma Assembléia Geral em Itaguaí, presidida pelo pastor Elmir Guimarães Maia e o Magno foi excluído do rol de pastores da Obra da Restauração e por capricho sem misericórdia, os sete pastores que foram com Magno ao monte, foram também excluídos mesmo não crendo que o que ocorreu da revelação do Magno não era uma obra de Deus. Acabou aí a idéia das testemunhas apocalípticas. Magno o Elias morreu, a segunda testemunha caiu, o terceiro anjo Wilton Sayão morreu anos depois (segundo dizem) liderando um grupo das Testemunhas de Jeová.

ESTA É A PERGUNTA QUE SE FAZ!
Como surgiu a idéia da obra da restauração e quais os textos bíblicos aplicados?
I – Quando foi lançado o programa Radiofônico pela Rádio Rio de Janeiro, usava-se como prefixo, Atos 3:19-21, que não tem nada haver com restauração da igreja. Diziam que a igreja estava apostatada, baseada neste texto.
II – Para provar que Deus estava restaurando as doutrinas bíblicas, usava-se o livro do Profeta Habacuque 1:5, outro erro, porque doutrinas não se restaura, porque a Palavra de Deus é infalível, Eu (Sisteval) cheguei a escrever para a Revista (Estudando a Bíblia em Classe), no ano de 1.982, provando que esse texto bíblico nada tem haver com a Obra da Restauração e no final da lição o redator cortou a matéria dizendo que o Profeta Habacuque estava sim falando da restauração destes dias.
III - Outros textos bíblicos usados para identificar a restauração foram: Isaías 54:1-7; 29:11-24, Efésios 5:25-27 e Apocalipse 29:7.
IV – Pregava-se ensinado pelo Magno que a igreja passaria pela grande tribulação; mas o Senhor daria a ela um grande livramento, levando-a para o deserto onde a igreja ficaria por três anos e meio, esperando o arrebatamento. Apocalipse 12:10-17, Cantares de Salomão 6:10; 8:5.
V – Para provar o fracasso dos pastores apostatados e infiéis, Jeremias 23:1-4, II Timõteo 4:1-5, II Pedro 2:17. A prova que Magno dava como sendo levantado por Deus para fazer a restauração, era lido o livro do Profeta Jeremias 1:5-12 que no entendimento dele Deus o levantou no tempo do fim para realizar uma grande obra na terra, acabando com a apostasia.

USOS E COSTUMES:
É importante que você fique sabendo que tudo que se chama doutrina na Obra da Restauração no Brasil, nada foi estudado teologicamente. Exemplo:


Lava pés.
Traje da mulher.
Camisa de manga comprida para os homens.
Não beber refrigerante.
O Batismo válido, só em rio, águas correntes.
Ósculo Santo dado na mão. (beijo)
Véu para cobertura da cabeça da mulher.
Não usar fotos nos lares (quadros fotográficos).
Não usar bibelôs.
Proibição de usar flores artificiais na igreja e nos lares.
Foi tirado do estudo bíblico o termo: Dominical, para Escola Bíblica.
Ceia com pão azimo, o qual era feito com farinha de trigo, sal e azeite.

Em uma Assembléia Geral, após uma orientação de um rabino, de uma sinagoga judaica no Rio de janeiro, foi então tirado o sal e o azeite, provado por ele que se o pão tivesse sal e azeite, deixaria de ser azimo, porque, azimo não tem sabor.
Todas essas coisas foram dadas por profecias como sendo verdadeiras, acreditava-se que os profetas e videntes estavam sendo usados por Deus. Alguns acordaram, saindo do engodo e confusão. Infelizmente, outros ainda estão ostentando esta bandeira do engano, levando muitas pessoas a crerem que os líderes do movimento (Restauração) estão certos, porque estão com a Bíblia que é a Palavra de Deus, e, não param, para analisarem teologicamente o que a Bíblia ensina.

CULTURA DOS POVOS:
Precisamos conhecer a cultura dos povos. Alguém disse: “se alguém não conhecer a história não conhece a Bíblia. Porque conhecendo a história conhecemos a Bíblia”.
Foi o caso do uso do véu para as mulheres da igreja em Corintios. (Como exemploJ
Conhecendo a história ficaremos sabendo que não se trata de uma doutrina, mas fazia parte da cultura nos dia do apóstolo Paulo, e, para aquela região. Outra observação: Por que Paulo ensinou que as mulheres ficassem caladas na igreja, e se quisessem aprender alguma coisa perguntassem em casa a seus maridos? 1ª Corintios 14:34-35. E no nosso país (Brasil) e outros não temos tantas mulheres liderando na igreja? Ainda outra observação: Paulo ensinou que nunca fosse escrita viúva, com menos de sessenta anos (60 anos), e só a que tivesse sido mulher de um só marido.
Como seria entendido entre nós uma moça que se casou hoje, não tendo esta idade, trinta dias após o casamento o marido veio a falecer? Na nossa sociedade ela é considerada viúva? Nos dias de Paulo, na sua cultura, de acordo com o que ensina em 1º Timóteo 5: 9-10, estaríamos em choque com seu ensinamento. Por quê? Nós gentios, não colocamos em prática em nossas igrejas.
Uma pergunta que é feita por muitos: Lavar os pés após a ceia é doutrina? Não!. Na 1ª carta de Paulo aos Corintios 11:23-26, quando ele fala da ceia que o Senhor o ensinou, ele fala do pão e do cálice, dizendo que o que estava ensinando aprendera do Senhor. Observem que, Paulo não falou do lava-pés. No capítulo 13 do Evangelho de João, o Senhor Jesus não estava celebrando a ceia dos capítulos 26:17-30; Marcos 14:12-26 e Lucas 22:7-23. Porque no evangelho de João, era um jantar realizado antes da festa da páscoa. Jesus está exemplificando sua humildade, comendo naquela hora juntamente com o traidor, no mesmo prato, provando assim seu grande amor, lavando-lhe ainda os pés. Para isso ele disse aos seus que estavam com ele que procedessem da mesma maneira que ele, lavando os pés uns aos outros, até do inimigo. Então podemos ver que, em nenhuma Igreja do Novo Testamento, encontramos este ato realizado pelos seus membros.
Na Obra da Restauração, para justificar que o lava-pés é doutrina, usaram a 1ª carta de Paulo a Timóteo, capítulo 5, versos 9 e 10, que diz: Não seja inscrita viúva que conte ao menos sessenta anos de idade, tenha sido esposa de um só marido, seja recomendada pelo testemunho de boas obras, tenha criado filhos, exercitado a hospitalidade, lavado os pés aos santos, socorrido aos atribulados, se viveu na prática zelosa de toda boa obra.

BATISMO SÓ EM RIO:
Considerando que muita coisa na Obra da Restauração, foi dada por profecia, o batismo só no rio aconteceu assim. Realizava-se um batismo no dia 31/05/64, em um rio, porque não tínhamos batistério, foi quando o profeta levantou a voz e profetizou: Eis a o símbolo do Jordão. Após a profecia, Magno, publicou que o Senhor restaurou o batismo e que dali por diante todo o povo do Senhor, tomasse conhecimento do feito do Senhor, restaurando o batismo em rio, e não se batizava mais em tanque. E os que eram membros da igreja, batizados em tanque, foram levados de volta ao rio para serem re-batizados, e, várias igrejas que aceitaram como sendo a profecia vinda de Deus, levaram também seus membros. Cerca de 800 pessoas foram re-batizadas.
Surge aí a pergunta: Na região onde não existe rio, ou mesmo que haja, mas que esteja poluído? Como proceder para batizar os novos convertidos?
Creio que Deus não está preocupado quanto ao lugar em que se batiza, e sim que, aqueles que creram em Jesus Cristo, sejam batizados. Creio não existir nenhum pecado cometido por alguém se batizar em um rio, em um tanque, em uma lagoa, bem como para o líder que os batizou. Assim, da mesma maneira, não há pecado para aquele que entregou sua vida à Cristo, e não foi batizado, como o malfeitor que fora crucificado junto com Cristo, arrependido, pediu a Jesus que se lembrasse dele quando estivesse no Paraíso, e a resposta de Jesus foi esta! –Hoje mesmo estarás comigo no Paraíso!
Julgai entre vós: Esta profecia procede de Deus? Se esta profecia procede de Deus, afirmamos que milhões de cristãos piedosos, em todo mundo, estão condenados a uma eternidade sem Deus, por não terem sidos batizados em rio.
Considerando ainda sobre a ceia celebrada com pão azimo, usamos a lei de Gerson: O jeitinho brasileiro. Em uma selva, vários índios se converteram a Cristo. O missionário que trabalha entre eles, fala sobre a ceia, mas como celebrá-la se não existe a farinha de trigo na selva? Chegar a cidade será uma longa jornada de 10 dias. Uma viagem dessa só para buscar um quilo de farinha de trigo? O missionário não vai. Existe isso em nosso país? Sim, existe. Aqui próximo a nós, no Amazonas, há tribos que estão distantes de cidades, há longos dias de viagem de barco. Nesse caso, o que fará o celebrante se a ceia é um memorial, uma lembrança da morte de Cristo? O que fez certo missionário daquela tribo? Cozinhou a mandioca, partiu e celebrou a ceia e o povo se alegrou. Teriam eles pecado? A farinha de trigo que está a venda em nossos supermercados, é uma farinha pura como aquela que o judeu, depois de colher o trigo processava seu preparo e servia sem mistura ? Acreditamos que não. Essa farinha poderia representar o corpo de Cristo, só porque não tem o fermento? Entretanto na lei Levítica houve oferta de sacrifício com pão levedado oferecido ao Senhor. Levítico 7:11-13. Assim também como o sacrifício de bode.

ÓSCULO SANTO É DOUTRINA?
Na Obra da Restauração o ósculo parece ser mais do que doutrina porque é uma imposição. Foi ensinado que o ósculo deveria ser dado, uns aos outros, em qualquer lugar: no ônibus, no trem, no avião, na loja, etc. Irmãos que trabalham na roça, irmãs lavando, roupa, louça, etc., por submissão, devem dar o ósculo, à quem chegar à sua casa, ou encontrar o irmão que está chegando da roça com as mãos sujas, suadas etc., e até mesmo há irmãos na igreja ao irem ao banheiro não lavam as mãos, acaba de lavar os pés (durante a celebração da ceia), oscula os irmãos e se isso não for feito são passivos de disciplina. Quando existe um encontro de um irmão com outro, que o irmão não oscula... Uma pergunta é feita: -O irmão (ã) está em pecado? Uma igreja quando era desligada da Assembléia Geral das Igrejas na Obra da Restauração, a partir daí esses irmãos não eram mais osculados com base em Romanos 16:17.
Nossa consideração. Até onde sabemos o ósculo é um beijo, foi aplicado na Obra da Restauração, em 27 de julho de 1964. Perguntamos: Quando surgiu o beijo ?
A história não revela-nos quando surgiu o primeiro beijo. Fica claro que os povos do mundo, todos se beijam. Até os animais se atraem com sua forma de carinho beijando uns aos outros. Em Cantares de Salomão, a Sulamita falou do beijo. No salmo 2:12 diz: beija o Filho, Provérbios 24:26 também nos fala do beijo. Paulo também foi beijado pelos irmãos, os quais expressaram seu carinho, amor e cuidado. Atos 20:35-38. Daí, vemos que, o ósculo Santo, ou o ósculo de caridade como diz Pedro, não é uma doutrina, e sim uma saudação que, é usada em todo mundo, com formas diferentes. Na Obra da Restauração aplicaram na mão, por profecia, e para justificarem usaram o capítulo 16:21 da I Carta aos Coríntios, quando Paulo diz: Saudação da minha própria mão. Fica bem claro que ele não tomaria o beijo para transformá-lo em doutrina para a igreja, quando todos os povos se beijam.
Na cultura dos romanos, coríntios, tessalônicos, todos podiam saudar uns aos outros, com beijo, beijo santo, beijo de amor. Pedro chama de ósculo de amor, em sua 1ª carta, capítulo 5 e o verso 14.
Então fica claro que o versículo 17 do capítulo 16 da carta aos Romanos, foi interpretado erroneamente pelos líderes da Restauração. Paulo falava neste verso não de uma rejeição ao ósculo, mas de uma doutrina que ele ensinara a igreja, especificamente a doutrina do amor.
Então, entendo que precisamos conhecer a cultura dos povos, para não cometermos absurdos, e até injustiças. Em nosso país, temos 2.731 grupos de povos diferentes, e em cada cultura há formas diferentes de saudação. Exemplo: Há um grupo que se levanta pela manhã, a esposa dá bom dia para o esposo e vice-versa; porém, se são cristãos, só se cumprimentam depois da oração.
No verso 22 de Romanos cap. 16, Tércio declara que foi ele quem escreveu a carta para os irmãos, certamente a mando de Paulo, e diz: Eu, Tércio, que vos escrevi esta carta, vos saúdo no Senhor, como também manda a saudação de outros irmãos. Tércio nada diz a respeito do ósculo em sua própria saudação.
Amados, quanta coisa está no Novo Testamento que não é aplicada à igreja dentro de nossa cultura. Exemplos: Os judeus diziam que os gentios para se salvarem precisavam da circuncisão – Pedro combateu esta idéia: “Os gentios foram aconselhados a não comer o sangue de animais, carne sufocada da fornicação e coisas sacrificadas aos ídolos”. Na cultura escocesa o homem usa saia, e não é criticado por isso. No Brasil se um homem faz isso sabemos o que acontecerá. Podíamos ver muitas diferenças regionais em nosso próprio país com o povo brasileiro: linguagem, expressões, termos, música e enfim.
Concluindo, quero responder com a consciência limpa diante de meu Deus, a quem já recorri a sua misericórdia e perdão por tudo que preguei errado, por ignorância na Obra da Restauração.
Esta é a pergunta que me fizeram: O senhor não acha pastor Sisteval, que a nossa igreja, apesar de ter sido apelidada de Obra de Restauração, e que sofreu os impactos de uma obra falida, porém firmada nas doutrinas básicas das Escrituras prossegue no rumo? Minha resposta é: No meu entendimento, e de todos os cristãos conhecedores da Palavra de Deus, doutrina transcede, ela vai até aos confins da terra. O que são doutrinas transcendentes?

1ª Salvação Eterna.
2ª Cristo salvador.
3ª A santificação.
4ª O batismo do arrependimento.
5ª A regeneração.
6ª A ceia em memória da morte de Cristo.
7ª A ressurreição dos salvos e perdidos.
8ª A volta de Cristo.
9ª As operações do Espírito Santo.
10ª A Tri unidade e Trindade.
11ª Os atributos de Deus.
12ª Os atributos do Espírito Santo.
13ª Igreja como corpo de Cristo.
14º Doutrina da salvação.
15º A doutrina de Deus.
16º A doutrina do homem.
17º A doutrina da pessoa de Cristo.
18º A doutrina das últimas coisas.
19º A doutrina do pecado.

Usos e costume não são doutrinas, ósculo Santo, traje não é doutrina, pão Azimo não é doutrina, batismo só em rio não é doutrina, uso de jóias não é doutrina e muitos outros pontos que poderíamos considerar.
Considerando o que não é doutrina e que, a Restauração defende como doutrina, temos aí dezenove pontos importantes, como doutrina que leva o pecador a ser restaurado pela graça de Deus. A restauração não é de doutrinas, pois elas não se restauram, elas são eternas, e estão aí para restaurar o homem perdido – 2ª Timóteo 3:14-17, é isso que continuo pregando: Jesus é o Restaurador. As Igrejas Na Obra da Restauração, obedecendo estes pontos importantes, estarão corretamente certas. Essas são BASES NEO-TESTAMENTÁRIA.

Cuidado nas interpretações de textos bíblicos.
O Apóstolo São Paulo, em sua recomendação à Timóteo, disse: _Procura apresentar-te a Deus, aprovado, como obreiro que não tem de que se envergonhar, que maneja bem a Palavra da verdade. II Timóteo 2:15. Logo para conhecermos a Bíblia, volto a repetir, precisamos conhecer as culturas.
Um dos maiores motivos de que a Bíblia é um livro difícil de entender, é o fato de ser antigo. Os cinco primeiros livros do Antigo Testamento foram, escritos por Moisés, em 1.400a.C., aproximadamente. Apocalipse – o último Livro da Bíblia, foi escrito pelo Apóstolo João, por volta de 90 d.C.. Portanto alguns dos livros foram escritos há mais ou menos 3.400, sendo que o último deles há cerca de 1.900 anos. Isto mostra que na hermenêutica, precisamos tentar transpor vários abismos que apresentam pelo fato de termos em mãos um livro tão antigo.
Devido a gigantesca lacuna temporal, um abismo enorme supera-nos dos autores e dos primeiros leitores da Bíblia. Como não estávamos lá, não podemos conversar com os autores e com os primeiros ouvintes e leitores para descobrir de primeira mão o significado que escreveram.
Atualmente a maior parte dos leitores da Bíblia, vivem, há milhares de quilômetros de distância dos países onde se deram os fatos Bíblicos. Foi no Oriente Médio, no Egito e nas nações Mediterrâneas Meridionais da Europa de hoje, que os personagens bíblicos viveram e peregrinaram. A área estende-se desde a Babilônia no que é hoje o Iraque, até Roma. (e talvez a Espanha, se é que Paulo foi até lá). Esta distância geográfica deixa-nos em desvantagem.
O abismo dos costumes (cultural).
Existem grandes diferenças entre a maneira de agir e de pensar dos ocidentais e das personagens das terras bíblicas. Portanto, é importante conhecer as culturas e os costumes dos povos dos tempos bíblicos. Muitas vezes, a falta de conhecimento de tais costumes, gera interpretações errôneas. A meta da interpretação bíblica, é encontrar o sentido original do texto. A isso se chama EXEGESE, que consiste em ler o significado do texto. É o oposto de EISEGESE. Atribuir significado ao texto. Se uma pessoa pode fazer com que um versículo bíblico tenha o significado que ela deseja e outra pessoa disser que o sentido é outro, algo que ela quer que seja, é sem nenhum dos dois sentidos, deriva da afirmação bíblica original, então anulamos a capacidade de comunicação da Bíblia, como obra literária normal. Se não aceitarmos o sentido normal e natural dos textos bíblicos, vamos ler as Escrituras sem o menor controle.
A Bíblia foi afetada e influenciada pelo meio cultural, em que cada autor humano a escreveu. Isso significa que o interprete da Bíblia, precisa atentar para os aspectos culturais. O desconhecimento de certos costumes pode gerar interpretações erradas. À medida que procedemos assim, temos condições de compreender e transmitir essas informações com mais exatidão. Se não atentarmos nestas questões culturais, podemos ser culpados de fazer uma EISEGESE, que é projetar na Bíblia nossos conceitos ocidentais do século XX, (a preocupação com o contexto força-nos a um distanciamento de nossas interpretações particulares e voltarmo-nos para o [...] mundo do autor.
Hoje em vários países, é preciso conhecer os costumes locais. Na Inglaterra, dirige-se do lado esquerdo da rua. Se você se esquecer disso, certamente vai ter problemas! Nós “percebemos” costumes diferentes em grande parte da Bíblia. Então, para interpretarmos corretamente a Palavra de Deus, precisamos entender quais eram aqueles costumes e seus significados.
Quando um missionário vai para um país de cultura diferente, precisa saber como aquele povo pensa, em que acredita o que diz e produz. Ele precisa entender a cultura local, para compreender as pessoas e comunicar-se bem, não entrando em choque cultural. Será que certas passagens bíblicas, estão restritas aquela época, pelos aspectos culturais, não podendo, portanto, ser transportadas para nossa cultura, ou será se que tudo que lemos nas Escrituras vale para hoje? Até que ponto é importância da Bíblia é limitada pelo aspecto cultural? Se determinadas passagens tem essa limitação, então como saberemos, quais aplicam a nossa cultura e quais não se aplicam.
No Brasil come-se muito arroz e feijão e nos Estados Unidos, muita batata e hambúrgueres. Apesar das razões históricas para os dois costumes, as pessoas não as conhecem e escolhem arroz e batata conforme a cultura as dirigir. Podemos beber leite ou não. Só depende se decidirmos. Mas, para os SHILUK DO Sudão, os que podem beber leite são exclusivamente as crianças e os homens. Eles crêem se uma mulher menstruada beber leite, a vaca não mais o produzirá. Nos Estados Unidos os homens, (a maioria) considera um ato de (cavalheirismo, abrir a porta para as mulheres entrarem primeiro). Mas na China é exatamente o oposto. O ato de cavalheirismo é os homens entrarem primeiro e não as mulheres. Apesar destes costumes opostos, cada um pensa que o seu modo de agir é que está certo, agindo automaticamente sem pensar, se deve ou não, ser daquela maneira. Em São Paulo, supõe-se que o certo é a mulher andar do lado de dentro “da calçada” quando acompanhada de um homem. Um paulista acharia muito estranho, ver no interior do Brasil, ou numa tribo de índios dos Estados Unidos, um homem andando na frente, e a mulher uns bons metros atrás. Para os índios daquela tribo, isso é muito natural, pois é essa maneira que o homem está protegendo a sua esposa de cobras ou animais ferozes. Podemos até achar que é desprezo, até descobrirmos que é sinal de proteção que é dever do homem. Além disso, naquela tribo, são as mulheres que possuem toda a propriedade. Quando se casam, os, homens têm que ir morar com a família da noiva, e no fim, não são donos de nada! Na verdade as mulheres são bem respeitadas.

Nome dos filhos.
A maneira de dar nomes aos filhos, não somente revela como práticas culturais são diversas, mas também revela muitas atitudes sociais, fundamentais que precisamos conhecer para entendermos diversos povos.
É estranho para nós, que em algumas partes do mundo, os filhos recebam nomes feios e vulgares. Mas o propósito de tal costume, é espantar os espíritos maus, para que não atormentem as crianças. Os monis de Nova Guiné usam nomes como “esterco de cachorro”, ou “esterco de porco”. Certa vez um missionário, cometeu um grave erro, chamando alguém de “esterco de cachorro”, quando o nome certo era “esterco de porco”. Aquilo era um insulto, porque naquela cultura, o povo tem muito mais estimação ao “esterco de porco” do que ao ”esterco de cachorro”.
O povo mazateco, no México, não dá nomes feios para os seus filhos, mas sempre se referem a eles como crianças feias. Eles querem enganar os demônios “que chamam de “bons espíritos” – mas é um engano”, pois estes não atormentam as crianças feias.
Em outros lugares, os nomes são secretos. Alguns crêem que se os feiticeiros descobrirem os nomes verdadeiros das pessoas, podem então fazer mal à elas. Outros povos, nem dão nomes para os filhos, mas os chamam de “numero um” “numero dois” etc..

Falar e ser entendido.
A maneira de se utilizarem os sentidos das palavras, é diferente de uma cultura para outra. Certa vez um português pregava para um grupo de jovens brasileiros e dizia que as igrejas devem “dar a luz”, quando, na verdade, ele queria dizer que a igreja deve ser luz no mundo. Os seus ouvintes tinham de conter o riso, porque entre eles, a expressão se aplica ao nascimento dum nenê!.
Por muitos anos uma missionária americana dizia: _ “dormi como um pau”, quando aqui no Brasil todos dizem: “dormi como uma pedra”. Aos nossos ouvidos tal expressão soa bem estranha. Certa vez, um pregador falava sobre a oração a sós. Ele usou a palavra derivada do inglês, que significa: “sós”, e disse que devemos ter coração na (privada) em “inglês” – “private”!
Em Romanos 4:7 lemos: “Bem aventurados, aqueles cujas iniqüidades são perdoadas, e cujos pecados são cobertos”. Para nós, “cobrir pecado” significa perdoar pecados, mas, para os iligaynon, isso significa que os pecados, estão escondidos de Deus, como se esconde algo de uma pessoa. Também pela expressão Lucas 3:7 “raça de víbora”, entendemos que Jesus estava fazendo uma severa crítica, mas, tal expressão, se for traduzida literalmente para o balinês, estará dando a entender que Jesus estava elogiando os fariseus. Para eles, a víbora é um animal sagrado do paraíso.
Uma jovem irmã numa igreja no Paraguai, o pastor a convidou para dar uma saudação à igreja, ela disse: _ “O pastor me deixou embaraçada!”. --Para eles no Paraguai ela estava dizendo: _ “O pastor me deixou grávida”!.
Os zapotecas usam a palavra “domingo” na forma escrita “domingo”, mas que significa “dança” e não um dia da semana. Os astecas usavam a palavra “glória” mais para significar alvoroço. Para eles, a palavra “Dios” é “sol”, por isso os missionários traduziram o João 3:16, assim, “Porque o sol amou ao mundo de tal maneira...”. Outro exemplo que bem mostra o perigo destas palavras é o uso da palavra “esquisito”, em espanhol e em português para nós, “esquisito” significa diferente, estranho, isto é, tem uma conotação negativa. Já em espanhol esta mesma palavra significa, além de uma coisa diferente, uma coisa maravilhosa! Assim é que um chileno, visitando uma casa brasileira, elogiou o almoço dizendo: “esta comida está muito esquisita”.
Podíamos dar muitos outros exemplos das diferentes culturas existentes no mundo, buscando-as na própria Bíblia. Para isso, vamos andar um pouco com o Apóstolo São Paulo no seu mundo, e o que ele enfrentou, para pastorear a Igreja nos seus dias. Na sua 2ª carta enviada aos Coríntios, capítulo 11, versos 11 a 4, escreveu ele aos irmãos daquela Igreja: __ Espero que vocês suportem um pouco, da minha insensatez. Por favor, sejam pacientes comigo. O zelo que tenho por vocês, é um zelo que vem de Deus. Eu os prometi, um único marido, Cristo, querendo apresentá-los a Ele como uma virgem pura, o que receio, e quero evitar, é que assim como a serpente enganou Eva com astúcia, a mente de vocês, seja corrompida e se desvie da sua sincera e pura devoção a Cristo. Pois, se alguém lhes vem pregando um Jesus que não é aquele que pregamos, ou se vocês acolhem um espírito diferente do que acolheram, ou um evangelho diferente do que aceitaram vocês o toleram com facilidade (N.V.I).
Paulo percorreu toda a Judéia e Samaria, na Jordânia e toda a nova revolucionária Israel, num navio Italiano, ele volta à Grécia, passando por Chipre. Toda a ilha de Chipre, era consagrada a Afrodite, a deusa das ondas, a Anadiomene. Contavam os poetas, o modo como Geia, a terra que tinha se casado com Urano, o céu, e lidera, na primavera, muitos filhos, ficara indignada, porque durante o inverno, o marido a todos eles devora; Géia, pedira então ao filho Cronos, o tempo que pudesse termo aos horríveis hábitos do pai, e ele, com um golpe de foice, cortaram os órgãos sexuais do criador dos deuses; o sexo celeste, caindo no mar, formara na crista das ondas, uma forma viva, adorável, o supremo gênito do céu, uma mulher encantadora, uma deusa, Afrodite... Parece que, ainda nos tempos de hoje, por ocasião de certas marés vivas, enormes massas de espuma, semelhantes a misteriosas formas humanas, se lançam sobre as costas cipriotas. O inegável é que há mais de dois mil anos, a deusa do amor era adorada em toda ilha; representavam-na sob o aspecto de um órgão grosseiramente talhado em certa pedra negra; no seu dia natalício, uma imensa procissão, uma folofória monstruosa, estendia-se no cumprimento de sessenta estádios; e a noite, as filhas de Chipre, tornadas sacerdotisas da divindade deviam integrar-se a prostituição sagrada... Era difícil imaginar, para um primeiro contato do Apóstolo Paulo, com esse tipo de paganismo, um ambiente tão oposto a pureza de Cristo, e a sua moral de respeito pela mulher e pela castidade.

Paulo em Corinto, capital da Acaia:
Corinto não era menos imoral e não possuía certamente menos deuses, embora trocasse as arenas dos filósofos pela lida agitada do comércio. Depois de Atenas, em frente a Ilha de Salamina, está Eleusis, pequena plantada a beira mar. A rota Atenas – Eleusis, era marcada nos tempos paulinos, pelas multidões que a luz de tochas, marchavam a noite para serem iniciadas nos mistérios eleusianos. As ruínas da antiga Eleusias, agora descobertas, mostram-na na profusão das colunas, o fausto de uma cidade pequena e de um culto pagão requintado. Ali, realizava-se a purificação pelo banho de mar, o sacrifício dos pombos, e finalmente a grande procissão de tochas ao cair da noite até Eleusis. O grande “Hall” em forma de teatro era o único grande templo construído na Grécia, para abrigar uma congregação, pois a multidão de cerca de três mil, que ali se reunia, assistia aos mistérios de portas fechadas, muita semelhança de determinada sociedade moderna.
Quando Paulo chegou a Corinto, vindo de Atenas, pode ver gritante contraste, por deixar uma velha e intelectual cidade Grega por outra nova, materialista e oficialmente romana. Tão grande, se não maior que Atenas, não havia Corinto celebrado o seu primeiro centenário, quando o Apóstolo a viu. Gregos, círios e judeus, cedo lhe perceberam a importância comercial que se constituira em apelo aos seus velhos filhos, que haviam fugido para a ilha Delos, quando a cidade foi destruída em 164, para que regressasse para novas aventuras comerciais. Cidade onde imperava o dinheiro e a ganância comercial, Corinto estava fadada, a tornar-se centro de desenfreada imoralidade. Em todo o mundo de então Corintos, era conhecida como a cidade dos prazeres, e o verbo “Corintianizar” foi cunhado para descrever-lhe a licenciosidade.
No capítulo 11 da 1ª carta de Paulo aos Coríntios, Paulo se desloca da praça pública para a igreja. O relacionamento entre marido e mulher, e a liberdade do crente. Algumas irmãs da igreja de Corinto estavam abusando da sua nova liberdade em Cristo, comparecendo aos cultos sem o véu “tradicional”, cuja falta não desonrava só a própria mulher, mas também ao marido.

Símbolo de submissão (véu).
Por que Paulo diz que a mulher deve ter a cabeça coberta quando ora e profetiza na igreja?
Para entender plenamente as inferências desse trecho, é que devemos aprender algo sobre os costumes mediterrâneos daquela época. As mulheres usavam sempre um véu, quando se apresentavam em público. Alguns historiadores nos informam que, em Corinto, só as prostitutas andavam sem véu. É um tipo de véu que cobria os cabelos, mas não o rosto das mulheres casadas, como sinal de serem elas, protegidas pela autoridade dos maridos. Simbolizava a submissão e segurança no papel de esposa.
Algumas das novas crentes, porém, parecia acreditar que a sua liberdade em Cristo, ultrapassava qualquer submissão a autoridade do marido. É verdade que o evangelho cristão eleva a mulher, pois no corpo de Cristo, se neutralizam todas as diferenças sociais. Homens e mulheres, jovens e velhos, escravos e donos, todos desfrutavam em Cristo, direitos e privilégios iguais. Deus tinha derramado seu Espírito sobre todos eles (Atos 2:16-18). Tanto os homens, como as mulheres, tinham o direito de orar e profetizar publicamente na igreja. Por isso, algumas mulheres crentes em Corinto, passaram a dispensar o véu, para salientar a sua igualdade com os homens diante do Senhor.
Mas isso constituiu um abuso da liberdade cristã, por criar um mal- entendido aos olhos do público descrente. Devemos medir as nossas ações, conforme o contexto cultural em que vivemos. Aquilo que pode ser plenamente aceitável numa cultura, escandaliza em outra. Nos dias de Paulo, mulher sem véu, ou com cabelos curtos, era prostituta. As mulheres crentes que insistiam nesse uso, portanto, estavam criando uma confusão na mente dos não crentes e trazendo desonra para si e para seus maridos. A falta de véu significava, popularmente, uma falta de respeito a confiança e honra para com o marido.
Uma mulher cristã, de cultura bem acima do comum, a respeito de Paulo, conversando com alguém, ela tentou encerrar o assunto com a seguinte observação: São Paulo era um velho rabugento, que não gostava das mulheres.
Aquela dama distinta, de espírito independente, vivendo num mundo presente com as liberdades que a sociedade moderna lhe oferece, não poderia ter muita simpatia pelo Apóstolo, ao ler os textos como os seguintes:
“O homem não foi criado por causa da mulher; e sim, a mulher, por causa do homem”. (I Coríntios 11:9).
“Esposas, sede submissas aos próprios maridos” (Colossênses 3:18).
“O marido é o cabeça da mulher” (Efésios 5:23)
“Conservem-se as mulheres caladas nas igrejas, porque não lhes é permitido falar” (I Coríntios 14:34).
Certamente essas passagens bíblicas, aparecerão iluminadas, por diferente luz se tivermos em mente.
1º. Que no mundo que Paulo viveu a mulher tinha status diferente;
2º. Que sua atitude era ocasionada pela prevalecente, proeminência da mulher na igreja primitiva.
3º. Que longe de objetar a proeminência da mulher, Paulo reconhece e a usa habitualmente e, por desejar usá-la assim, estava o Apóstolo tentando salvar uma situação que, aos olhos da opinião contemporânea, poderia parecer um excesso, capaz de prejudicar a própria obra das mulheres.
Estrabão , que conhecia bem a posição social da mulher nas cidades do oeste da Ásia, fala com ênfase do poder que elas possuíam e exerciam para controlar e modificar a opinião religiosa dos homens. Conta-nos, que em Damasco a grande maioria das mulheres, era de prossélitas do judaísmo. Os damascenos eram obrigados a ter grande cuidado, quanto ao seu plano de assassínio dos judeus (por causa do temor de suas mulheres, porque, todas, exceto umas poucas, estavam ligadas aos adoradores judeus. Isto parece refletir a cena de Atos 13:50. “Mas os judeus instigaram as mulheres piedosas de alta posição, e os principais da cidade, levantar a perseguição contra Paulo e Barnabé, expulsando de seu território” (Antioquia da Persídia).
Vemos pelas citações acima, que a influencia da mulher, embora indireta era decisiva entre os judeus em matéria religiosa.
A congregação, à qual, dois dos textos acima se endereçam, havia saído em sua maioria do paganismo coríntio. Basta dizer-se que naquela cidade, o principal culto pagão ou de Afrodite, era servido no templo da Acrocorinto, por cerca de mil sacerdotisas prostitutas e sua influencia na religião, mas também nos negócios da cidade, era certamente marcante. Na sinagoga, a mulher ficava separada dos homens e deveria ter a sua cabeça coberta por um véu, como sinal de respeito e sujeição. A mulher que aparecesse em público na Turquia, antes do evento Kemal Ataturk, (1.925), com o rosto descoberto, era relacionada entre as prostitutas da terra e podia os homens endereçar propostas amorosas. Daí certamente o cuidado de Paulo, em I Coríntios 11, determinando que a mulher usasse véu sobre a cabeça. Este era o mundo e o século de Paulo, e, apesar do seu gênio, ele não pode sobrepor-se à época em que viveu.
Acredito que, este trabalho realizado de pesquisa, de alguns costumes e culturas dos povos, vai esclarecer aos meus leitores, o que quer dizer: usos e costumes, cultura e doutrinas.
Lembrando que, a doutrina ela é transcedente, usos e costumes não transcedem.
Que Deus lhe enriqueça de conhecimento da sua bendita e preciosa Palavra.

Fontes de Pesquisas:
Comentário Bíblico / 1º e 2º Coríntios – Autor: Thomaz Reginald Hoover
A Personalidade Viva de Paulo – Autor: Dr. B. P. Bittencourt
Costumes e Culturas / Uma introdução à Antropologia Missionária – Autor: E.A. Nida
A Interpretação Bíblica – Autor: Roy B. Zuck
Povos e Nações do Mundo – Autor: Antonio Neves de Mesquita

Agradecimentos:
Ao meu Deus, por ter me dado graça, de ter realizado esse simples e humilde trabalho, com a finalidade de esclarecer aos seus filhos o que aconteceu na Obra da Restauração no Brasil.
Agradeço ao meu filho Crisóstenes Gomes Araújo, que muito me ajudou na digitação desse trabalho que duraram várias noites.
Ao meu neto Clayton dos Santos, pela impressão, usando parte do seu tempo.
A minha esposa, Rita dos Santos Gomes, pelas noites que só pôde me ver as madrugadas.
A minha nora Joana Darc e Filhos, por me servir o lanche das madrugadas.




Sisteval Gomes de Araújo
Pastor
20 de Março de 2.009



Pr. Sisteval e Esposa Dna. Rita dos Santos Gomes

POSSE DO PASTOR ALÍRIO FERREIRA BARBOSA JUNIOR

Pelo motivo do falecimento do saudoso Pr Sisteval Gomes de Araújo que apascentou por 46 anos desde quando fazíamos parte do Ministério Re...