quarta-feira, 10 de novembro de 2010

O ABORTO OCULTO

ABORTO OCULTO

No hebraico temos uma palavra que vem do verbo “cair”, e que significa “aborto”; no grego temos uma palavra éktroma, “aborto”. A palavra hebraica ocorre por três vezes, em Jó 3:16; em Salmo 58:8 e em Eclesiastes 6:3 referindo-se ao feto que sai sem vida do útero materno. O mesmo pensamento reaparece em Números 12:12, onde o hebraico tem outro termo, embora nossa versão portuguesa também a traduza por “aborto”, e onde há LXX também a traduz por “éktroma”. O apelo de Arão em favor de sua irmã Miriam, era que ela não ficasse com a aparência de um aborto por causa da lepra, isto é, como se ela tivesse saído do ventre de sua mãe com parte de suas carnes consumidas.

O assunto é complexo e não admite qualquer solução simples, no terreno médico, social ou ético-religioso. Quanto a essa questão, os argumentos são numerosos e complexos, tanto favoráveis quanto contrários. Porém, apesar de não haver qualquer solução fácil, a teologia ética por certo, pode sugerir-nos algumas diretrizes.

1. Sabemos que a vida é dom de Deus, e um feto tem vida. Os teólogos não tem podido chegar a um acordo sobre quando um espírito vem fazer-se presente em um feto. Alguns dizem que isso se sucede no momento da concepção. Se isto é verdade, então o aborto desfaz uma verdadeira personalidade humana, e, com única exceção da necessidade de se salvar a vida da mãe, é uma forma de homicídio. Porém, outros insistem que a porção imaterial do homem não entra no corpo senão por ocasião do nascimento, ou pouco antes ou depois do nascimento. Com freqüência, essas idéias estão ligadas ao conceito da pré-existência da alma. O que precisamos conhecer quanto a notas completa sobre a alma, sua natureza, origem e destino. Sabermos se a alma ainda não está presente por ocasião do aborto, então o ato não destrói uma personalidade humana. Nesse caso, dificilmente poderíamos falar em assassinato de uma vida humana através do aborto.

2. Questão do sofrimento: mesmo que o aborto não envolva homicídio, envolve o sofrimento físico, pois estamos informados que o feto pode sentir, e muito deve sofrer ante os métodos de aborto, que são utilizados, não como duvidar que é errado provocar sofrimento, mesmo que isso não redunde em homicídio. Os indivíduos e as civilizações mais avançadas, interessam-se pelo bem estar não apenas das pessoas, mas também dos animais, declaram-se contrários a provocação do sofrimento desnecessário.

3. A SANTIDADE DA VIDA: O feto, mesmo que não seja humano, enquanto a alma não lhe é dada, é uma forma de vida e merece o nosso respeito, que já é o futuro veiculo da alma humana. Certamente deveria ser respeitado pelo menos tanto quanto uma vida animal, que as pessoas boas e espirituais, honram procurando poupar o sofrimento.

4. CONSIDERAÇÕES BÍBLICAS E TEOLÓGICAS: Há trechos como Êxodo 21:22 ao 24 e Jeremias 1:5, indicam que a vida no ventre materno, deve ser respeitada como uma vida humana. {Lucas 1:41}. Diz que o bebê saltou no ventre de Isabel por motivo de alegria, o que indica algo mais do que uma vida animal. b. Apesar do corpo do corpo não ser a pessoa essencial, deve ser respeitado como um maravilhoso instrumento, produto de desígnio e conseqüentemente, algo que não deve ser destruído caprichosamente. c. Dificilmente, se pode justificar uma mulher que mata o filho de suas entranhas por querer evitar a carga financeira extra. Sua culpa, todavia, variaria dependendo da presença da alma ou não, a partir do momento da concepção. d. O mandamento bíblico que diz: “Não matarás”, e que proíbe especificamente o homicídio, mas que envolve o ódio e a malícia, usualmente de forma pré-concebida, {Mateus 5:21-22} apesar de não haver sido baixado tendo em mira o aborto, até certo ponto pode ter aplicação ao caso, mesmo que a alma não se faça presente se não por ocasião do nascimento.

5. EXCECÕES. Os argumento favoráveis ao aborto, nos casos de incesto ou estupro, ou quando a mãe do feto corre perigo de vida, parece dar licença ao aborto, mesmo que a alma se faça presente no feto desde o instante da concepção. resolver, provocar um aborto, com base em uma dessas razões, envolve um grande problema pessoal, que cada mulher deve resolver individualmente. Penso que não podemos ter certeza sobre o que é correto em tais casos, e que devemos ser moderados no julgamento.

6. PERDÃO DOS PECADOS. Todos os pecados podem ser perdoados. O arrependimento e a fé são o suficiente para tanto. Mas a castigo {a colheita} para os erros praticados, inteiramente a parte do perdão. Isso é algo que o individuo deve estar disposto a enfrentar, ao mesmo tempo que prossegue em sua mudança de atitude, assim, evitando futuros atos pecaminosos. Não somente é possível, mas também é nosso dever prosseguir para uma maior espiritualidade, após praticarmos algum ato maligno. Todas as pessoas em caso de aborto, a mulher e algum homem que a tenha encorajado a isso, deveriam buscar uma mais elevada realização espiritual, afim de contra-balançar o passado, além de evitarem a conduta similar no futuro.

7. ESTADOS PSICOLÓGICOS: Somos informados que o aborto origina serias tensões psicológicas, mesmo em mulheres que não antecipavam qualquer realização negativa. Sem importar a razão, isso deveria servir de aviso de que o aborto, tal qual muitos outros pecados, envolve pelo menos parte de sua própria punição.

8. No meu entendimento, como pai de 6 filhos, avô de oito netos, preparando-me para ser bisavô, como cristão e pastor, digo-lhe francamente: Não sou favorável, não aprovo o aborto, mesmo que seja por estupro ou incesto. Sou favorável, que a mãe procure alguém que adote seu filho, e não mate, pois a criança que está sendo gerada no seu ventre não teve culpa, foi contrário a vontade da mãe, mas a vida é dada por Deus; daí cabe a pergunta bíblica... “Quem será esse menino?” ... Somente Deus dará a resposta.


Pr. Sisteval Gomes de Araújo

09/11/2010

POSSE DO PASTOR ALÍRIO FERREIRA BARBOSA JUNIOR

Pelo motivo do falecimento do saudoso Pr Sisteval Gomes de Araújo que apascentou por 46 anos desde quando fazíamos parte do Ministério Re...