sábado, 22 de maio de 2010

O SEGREDO DO REAVIVAMENTO!

O segredo do reavivamento - Habacuque 1:6-2 / 3:1-2

1) Creio que nos dias que vivemos existe uma grande convicção de que o povo de Deus está sendo chamado a oração. Tenho certeza que Deus tem grandes bênçãos para derramar sobre a sua igreja. Mas para que coisas grandes aconteçam, é necessário que atendamos o seu chamado.

2) O poder espiritual da igreja depende da oração fervorosa e incessante. “Nenhuma oração, nenhum poder; pouca oração, pouco poder, muita oração, muito poder.” Jesus disse: “(...) Sem mim nada podeis fazer,” – João 15:5 a oração deve ser a prioridade individual (crente) e coletiva (da igreja) II Crônicas 7:14.

Oração produz avivamento.

R.A.Torrey, no seu livro “Como Orar” afirma que todos os reavivamentos da história da igreja cristã, tiveram a sua origem, do lado humano, na oração. O primeiro e grande avivamento da história da igreja cristã, teve sua origem em uma reunião de oração de dez dias (Atos 1:14). O resultado desta reunião de oração pode ser visto no segundo capítulo do livro de Atos dos apóstolos. Pouco depois do mesmo capítulo, no verso 41, lemos que houve “(...) um acréscimo naqueles dias de quase três mil pessoas”. O avivamento aqui começou com oração e continuou com oração. Os convertidos “(...) perseveravam na doutrina, na comunhão, no partir do pão e nas orações” verso 42 e o 47 acrescenta: “enquanto isso acrescentava-lhes o Senhor, dia a dia, os que iam sendo salvos”. v. 47.

3) O reavivamento dos dias de Jonathan Edwards, nó século XVIII, começou com o seu famoso chamado a oração. O grande derramamento de poder do Espírito Santo nos dias de David Bratnerd, teve sua origem nos dias e nas noites que este homem de Deus passou em oração, pedindo o poder de Deus para esta obra de graça.

4) O glorioso avivamento nos dias de Finney, foi iniciado em 1.830, é por ele mesmo atribuído ao espírito de oração, predominante. O avivamento de 1.857 nos Estados Unidos, o qual chegou com oração e foi levado avante pela oração.

5) O poderoso avivamento, ocorrido na Irlanda do Norte, em 1.859, resultou de uma preocupação da Assembléia Geral da Igreja Presbiteriana na Irlanda. Segundo o Presidente da Assembléia Geral, Rev. Willian Gibson, houve durante dois anos constantes reuniões discutindo-se sobre o baixo nível da religião e sobre a necessidade de um reavivamento. Promoveram seções especiais de oração.

6) Finalmente quatro jovens começaram a se reunir numa velha escola, em Kells, e uma obra poderosa começou a se espalhar de cidade em cidade. Nas congregações não cabiam as pessoas que buscavam as reuniões. Estas tiveram de ser realizadas ao ar livre Centenas de pessoas eram convencidas do pecado e convertidas em uma única reunião.

7) A magnífica obra de Moody na Inglaterra, na Escócia e na Irlanda, mas tarde, que se espalhou pela América, teve também a sua origem na oração. O trabalho de Moddy era inexpressivo, até que algumas pessoas começaram a orar e o avivamento veio. Enquanto o espírito de oração foi mantido, o reavivamento permaneceu. Mas quanto foi desaparecendo, o trabalho foi perdendo visivelmente o seu poder. Satanás deu um golpe de mestre na igreja, quando conseguiu que ela pusesse de lado a poderosa arma da oração. O diabo aceita, comodamente, que a igreja multiplique as suas estratégias para atrair as pessoas, por meio da música e pela movimentação de organizações, contanto que a igreja desista de orar.

Como diz Torrey (...) O Diabo ri quando olha para a Igreja de hoje e diz consigo mesmo: “Você pode ter as suas escolas dominicais e organizações para jovens, associações, sociedades de senhoras, escolas, seus grandes coros e finos órgãos, seus pregadores brilhantes e seus esforços para o reavivamento, não colocando neles (liderança) o poder de Deus para a oração.

A oração poderá operar resultados tão grandiosos, hoje quanto já obteve antes se a igreja se dedicar a ela. Não devemos nos preocupar se a igreja toda não ora. No início dos grandes avivamentos sempre começaram primeiro no coração de alguns homens e mulheres que foram despertados pelo Espírito de Deus e foram tomados pelo espírito de oração e súplicas.

Intercessão

A oração intercessória é aquela que suplica bênçãos em favor de outros e prepara almas para a salvação.

Os avivamentos sempre aconteceram em épocas de crise. Em tempos idos em diversas nações, quando tudo parecia perdido, assolado, cinzento; Deus manifestava-se prodigiosamente, contrariando todas as expectativas agourentas e evidenciando o poder do seu braço onipotente. Quando o solo ressequido bramava por água, Deus derramava torrentes sobre a terra seca (Isaías 4:3). Quando a igreja na sua jornada histórica, se mostrava enfraquecida, falida, desacreditada e sem poder, e todos meneavam a cabeça, “profetizando” seu fim irreversível, Deus a reerguia das cinzas e a colocava na terra como corda de glória (Isaías 6:1-7).

Nada há que demonstre, de forma tão eloqüente a soberania e o poder de Deus como o avivamento. O avivamento é essa erupção de Deus na historia, a manifestação de seu poder irresistível, sua graça soberana e seu favor ilimitado, arrancando a igreja dos escombros de uma religiosidade fria e morta e transformando a face da sociedade caotizada pelo pecado em cenário de justiça.

O avivamento, ato soberano de Deus, prova que a igreja é de Deus e que Deus não desiste da igreja. O avivamento é prova irrefutável de que a igreja jamais será um povo falido, jamais se perderá nas brumas do tempo, e caminhará resolutamente, de força em força, de fé em fé, recebendo graça sobre graça, sendo transformada de gloria até chegar ao lar permanente, a casa do Pai. Precisamos urgentemente de um avivamento. Estamos atravessando uma crise sem precedente. Nossa nação está doente. Nosso povo está esmagado sob as botas lamacentas da miséria. Enquanto isso, vamos sendo assolados por uma crise moral que nada fica devendo a Sodoma e Gomorra. Contemplamos a falência da virtude, a morte da decência e o sepultamento dos valores mais elementares. Os valores morais estão sendo tripudiados, o homem hoje tem vergonha de ser honesto e integro. A instituição da família vem sendo bombardeada com arsenal pesado. O casamento é uma instituição cada vez mais desacreditada. O concubinato está em moda. O divórcio torna-se dia a dia mais fácil e mais estimulado. A juventude, seduzida por atrações mil, capitula ante a pressão infernal das drogas e do álcool, e se degrada nas práticas mais imorais de uma sexualidade sem limites. O homossexualismo aviltante e pecaminoso cresce vertiginosamente, adentrando até dentro dos arraiais evangélicos. O adultério é estimulado e maquiado com cores atraentes. O sexo no namoro é apenas mais uma aventura em que a juventude se entrega. A prática nefanda e criminosa do aborto é feita sem nenhum temor. O sacrário do ventre materno tornou-se mais cruel do que os campos de concentração nazista. Em vez de ser um refúgio de amor, tornou-se no mais execrável patíbulo de tortura e horror. A violência, a truculência, as tocaias, os crimes de aluguel, os assaltos, os seqüestros, os estupros tornam os homens pervertidos em monstros, e as nossas cidades em campos de sangue, em arena de terror, em teatros de morte, em palco de medo e bestialidade. A televisão brasileira, a mais imoral do mundo, arrasta para dentro dos lares uma enxurrada de toda sorte de degradação. No afã de demonstrar a realidade, a televisão é formadora de conceitos, indutora de comportamentos, influenciadora de atitudes. Poderoso instrumento de comunicação, em vez de aproveitar seu potencial para educar, a televisão brasileira é mestra de nulidades e incentivadora dos mais degradantes pecados e perversões. Se isto não bastasse, vemos nesse cenário sombrio o expressivo crescimento da feitiçaria, e o povo brasileiro marchando célere para os terreiros de macumba em busca de auxílio. Assistimos estarrecidos ao avanço do satanismo e a demonização da nossa cultura. O culto aos demônios, os despachos em cemitérios e encruzilhadas, as oferendas e os passes se multiplicam a cada ano. A crença em duendes, gnomos, cristais, pirâmides, amuletos, guias e orixás proliferam-se como fogo em palha seca.

Estamos diante da orientalização do Ocidente através da medicina alternativa, das meditações transcendentais, iogas, energizações e práticas espiritualistas. O povo vive consultando horóscopo, búzios, tarôs, e quejandos, provocando assim a ira de Deus. Os centros comerciais, os shoppings e as praças estão se transformando em verdadeiros mercados de espiritismo e esoterismo.

O mais grave em tudo isso é a letargia da igreja. Enquanto o inimigo semeia o seu joio maldito e pernicioso no trigal de Deus, a igreja dorme. E quando não está dormindo, via de regra está brincando voltada egoisticamente para si mesma. Em vez de guerrearem contra os principados e potestades, os crentes guerreiam entre si, fazendo do aliado, o inimigo, e do inimigo o aliado. Ao invés de ser a luz do mundo, envolvem-se em práticas pecaminosas e em escândalos vergonhosos, e assim perdem o poder e autoridade, e ficam sem vez e sem voz num mundo que jaz no maligno.

Diante dessa amarga situação, o avivamento é uma necessidade imperativa e impostergável. Só uma intervenção soberana de Deus, pode sacudir a igreja e salvar o mundo. Só um derramamento do Espírito Santo, pode despertar a igreja do seu sono e comodismo. Só um avivamento pode trazer esperança a nossa pátria, que cambaleia trôpega pelos seus muitos pecados. A solução para a grave crise que nos assola não vem dos homens, mas de Deus.

É tempo de buscarmos um avivamento como aquele que veio sobre a Inglaterra, no século XVIII, que tirou a igreja do marasmo e o país das cinzas. Na época, a Inglaterra estava encurralada por uma crise estranguladora. O país vivia num caos. O povo estava envergado sob o peso dos vícios degradantes. A violência, a embriaguez e a prostituição esmagavam a nação. De cada seis casas em Londres, uma era prostíbulo. As igrejas estavam doentes e seus templos vazios. Os pastores pregavam sermões mortos para um povo apático. Os sacerdotes deixavam os púlpitos e iam-se embebedar nas mesas de jogos. Crer na inspiração das Escrituras, era motivo de vergonha. Os filósofos e enciclopedistas apostavam na total falência do cristianismo. Tudo parecia pardacento. Pesadas nuvens prenunciavam uma irreversível e devastadora tempestade.

Mas, quando todos entoavam as canções fúnebres da morte e sepultamento da igreja, o Deus soberano soprou sobre o vale de ossos secos e o seu Espírito, e a igreja se pôs de pé, como um exército, e a nação foi sacudida pelo poder de Deus.

Esse deve ser o nosso clamor aos céus para que ocorra semelhante intervenção de Deus sobre a nossa pátria. Aguardamos da parte dele esse tempo novo que ainda não vimos como o que outros povos viram e experimentaram. Erguemos aos céus as palavras do hino de Sarah P. Kalley;

“Maravilhas grandiosas outros povos têm.

Bênçãos venham, semelhante sobre nós também”

Aguardamos uma visitação especial do Senhor, um derramamento do Espírito, uma serôdia que venha preparar a seara para uma grande colheita. Aguardamos com expectativa um tempo de refrigério da parte de Deus que venha revestir a igreja de Deus de alegria e poder para testemunhar.

Não podemos recuar porque alguns se desviaram, caindo em extremismos inconseqüentes. Não podemos desanimar-nos com as oposições, com as barreiras da incredulidade ou com os dardos inflamados do maligno.

Não há avivamento sem preço. Não há busca sem oposição. Não há batalha espiritual sem a fúria do inimigo. Não há parto sem dor. Não há colheita jubilosa sem a semeadura regada de lágrimas. É preciso coragem para prosseguir. É preciso fé para não voltar atrás.

O Deus da igreja não é Deus de crise, de derrota e retrocesso. Ele é o Deus vivo que age e faz maravilhas ainda hoje. Ele não pode ser engessado dentro dos nossos estreitos parâmetros e limites. Resistir ao avivamento é resistir a Palavra de Deus. Resistir ao avivamento é resistir aos grandes feitos de Deus na história. Resistir ao avivamento é negar nosso legado e nossa herança e recalcitrar entre os agrilhoes. O avivamento vem quando a igreja dobra os joelhos em oração, humilha-se diante de Deus e acerta a vida com Deus. Esse, portanto, é o nosso desafio: Avivamento já!

Que seja esta a nossa oração: “Senhor, ouvi falar da Tua fama; tremo diante dos teus atos, Senhor. Realiza de novo, em nossa época, as mesmas obras, faze-as conhecidas em nosso tempo; em Tua ira lembra-te da Tua misericórdia” Habacuque 3:2

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